Um depósito imaginário dos meus pensamentos, ideias e alucinações.

29
Out 08

Mas claramente neste momento o que me preocupa mais é a minha prestação no video que a seguir vos apresento. Para ele só existem quatro palavrinhas: face lifting e terapia da fala! AHAHAHAHAH

Vejam e deliciem-se com as minhas figuras tristes (agora a sério óptimo trabalho Vera, a peça ficou muito gira e a música é simplesmente AMOR)...QUE TESOURINHO DEPRIMENTE:

 

 

 

publicado por ritanopaisdasmaravilhas às 18:06

20
Out 08

 

 

 

Filme maravilhosamente construido, uma história simples mas com imensa profundidade ao mesmo tempo. Uma interpretação apaixonante de Arta Dobroshi que representa Lorna, a personagem principal. Encerrou a Festa do Cinema Francês em Lisboa e ganhou o prémio de melhor argumento em Cannes.. Aconselho vivamente!

publicado por ritanopaisdasmaravilhas às 17:44

18
Out 08

 

“O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

 

Obrigada Miguel Esteves Cardoso por existires e transpores para palavras aquilo que sinto!

 

publicado por ritanopaisdasmaravilhas às 21:24

05
Out 08

 

 

"You'll see when you move out it just sort of happens one day one day and it's just gone. And you can never get it back. It's like you get homesick for a place that doesn't exist. I mean it's like this rite of passage, you know. You won't have this feeling again until you create a new idea of home for yourself, you know, for your kids, for the family you start, it's like a cycle or something. I miss the idea of it. Maybe that's all family really is. A group of people who miss the same imaginary place."

 

"This is your one opportunity to do something that no one has ever done before and that no one will copy throughout human existence. And if nothing else, you will be remembered as the one guy who ever did this. This one thing."

 

"If you can't laugh at yourself, life is going to seem a whole lot longer than you'd like.”

 

publicado por ritanopaisdasmaravilhas às 20:22

01
Out 08

Acho honestamente que grande parte dos homenzinhos deste país andam a ter um ataque sério a nível cerebral. Tomam poções consideráveis de cócó diariamente ao pequeno-almoço o que lhes anda a dar cabo da massa encefálica e nós [mulheres] é que os temos de aturar!

 

Ora a DECO que se preocupa tanto com a sua missão de serviço público e defesa do consumidor fazia bem era se, ao em vez de desaconselhar o consumo de cereais ao pequeno-almoço, desaconselhasse antes os homens a consumir esta substância que quase roça o alucinógeno! É que não há paciência!

 

Tanto simulador que a DECO faz para ajudar-nos a poupar dinheiro, a renegociar o crédito à habitação, a poupar para a reforma que bem podiam fazer um, de declarada utilidade pública, através do qual pudessemos verificar o nível de cócó no cérebro dos homens antes sequer de nos aproximarmos deles! Era de valor digo-vos já e fazia bem à nossa saúde, muito mais do que deixarmos de ingerir os açúcares dos cereais!

 

Tenho dito! E só me resta perguntar:

- Onde está o perfume das rosas?

 

 

PS: Reler Simone de Beauvoir reacende em mim a minha faceta mais feminista, o que posso fazer?

publicado por ritanopaisdasmaravilhas às 23:20
música: l

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